Caracas, 17 de março (Prensa Latina) O secretário executivo da ALBA-TCP, Jorge Arreaza, denunciou a ação coordenada do neonazismo ao comentar a transferência de migrantes venezuelanos dos Estados Unidos para El Salvador.
Por meio de sua conta no Telegram, o diplomata afirmou que “o governo traidor de El Salvador está criando campos de concentração para migrantes venezuelanos e de outros países, seguindo ordens de seus mestres em Washington”.
Ele afirmou que, por meio de detenções arbitrárias, sem direito à defesa, sem o devido processo legal e com tratamento evidentemente degradante, “eles violam os direitos humanos da maneira mais flagrante e abjeta”.
A comunidade internacional deve reagir e condenar tais atos de sequestro e tortura, pediu o secretário executivo da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América-Acordo Comercial dos Povos (ALBA-TCP).
Ele disse que o castelo de cartas criado pelo presidente salvadorenho Nayib Bukele entrará em colapso mais cedo ou mais tarde.
O presidente do país centro-americano anunciou ontem nas redes sociais que chegaram a El Salvador 238 migrantes venezuelanos deportados dos Estados Unidos, os quais ele acusou de serem “membros da organização criminosa venezuelana Tren de Aragua”.
Os deportados foram imediatamente transferidos para o Centro de Confinamento de Terroristas, de acordo com as imagens que acompanham o vídeo divulgado pelo presidente salvadorenho.
“Os Estados Unidos pagarão uma taxa muito baixa por eles, mas uma taxa alta por nós”, disse Bukele, acrescentando que os migrantes permanecerão no centro “por um período de um ano (renovável)”.
A mídia local noticiou nesta segunda-feira que os opositores de extrema direita María Corina Machado, Juan Guaidó e Leopoldo López, entre outros, são responsáveis pelo “abuso de migrantes venezuelanos enviados pelos Estados Unidos para El Salvador”.
Por meio das redes sociais, as famílias dos migrantes rejeitaram a decisão dos governos dos Estados Unidos e de El Salvador e exigiram uma investigação, já que “muitos dos deportados não pertencem a nenhuma gangue criminosa, muito menos ao Trem de Aragua”, informou a Venezolana de Televisión.
O internauta Sebastián García disse que estava “escrevendo com o coração partido em mil pedaços” porque seu irmão era um dos deportados e enviados para El Salvador. Ele afirmou que “nunca foi preso” e nunca cometeu nenhum crime na Venezuela ou em qualquer outro lugar.
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