O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, e o presidente francês Emmanuel Macron (à direita) durante uma reunião.
O ex-presidente russo Dmitry Medvedev alertou sobre a possibilidade de uma guerra contra a OTAN se os países europeus continuarem com seus planos de enviar forças de paz para a Ucrânia.
Em uma nota publicada em sua conta X no domingo, Medvedev rejeitou os planos do presidente francês Emmanuel Macron e do primeiro-ministro britânico Keir Starmer de enviar forças europeias para a Ucrânia após um cessar-fogo.
“ [Eles] estão se fazendo de bobos. “Repetidamente, eles ouvem que as forças de paz devem vir de países não pertencentes à OTAN “, enfatizou Medvedev, atualmente vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia.
A autoridade russa esclareceu que oferecer ajuda militar aos “neonazistas” na Ucrânia significa que a Rússia está se preparando para uma guerra com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). “Consultem [o presidente dos EUA, Donald] Trump, seus canalhas”, ele retrucou.
A Rússia denuncia a crescente militarização da União Europeia como uma ameaça direta à sua segurança. Ele garante que tomará medidas para se proteger.
O alerta de Medvedev veio depois que Starmer sugeriu estabelecer uma “coalizão de dispostos” para enviar forças de paz à Ucrânia para garantir um possível cessar-fogo.
Por sua vez, Macron afirmou que o plano de enviar milhares de tropas para locais-chave na Ucrânia está em fase final e que a ideia não precisa de aprovação russa para ser implementada. “A Ucrânia é soberana e, se solicitar a presença de forças aliadas em seu território, não cabe à Rússia aceitar ou rejeitar esse pedido”, disse Macron.
O plano franco-britânico mencionado acima ocorre no momento em que o presidente dos EUA, Donald Trump, planeja um cessar-fogo de 30 dias na Ucrânia.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky concordou com essa iniciativa sob pressão dos Estados Unidos, especialmente depois que Trump o repreendeu publicamente em fevereiro durante uma reunião na Casa Branca, acusando-o de ser “ingrato”.
O presidente russo, Vladimir Putin, apoiou uma trégua de 30 dias com a Ucrânia, mas com condições .
De acordo com algumas autoridades russas, a proposta de trégua não oferece benefícios à Rússia e apenas permitiria que o exército ucraniano se reorganizasse e se fortalecesse.
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